Conversa franca

- Cento e vinte dois reais para 45 litros. A gasolina está muito cara não é verdade amigo?
- Estava pensando exatamente a mesma coisa. Respondi estranhando o comentário.
- Pois é, por isso que eu não ando de carro. Você deveria andar de moto. Você vai pagar em dinheiro ou cartão?

Se até um frentista está aconselhando a redução do consumo de um dos produtos que ele vende, é porque a situação não está nada boa. Pior deve ser o treinamento que o posto oferece aos seus funcionários. Ou a falta dele.

Subdefinições

Saudade é quando o coração só tem olhos para quem a gente não vê mais.

Surdez é quando alguém só fala o que pensa e você só ouve o que quer.

Sonho é a vida que você leva quando o corpo encerra o expediente do dia.

Carinho são as mãos dizendo "gosto de você". Assim como na fala, é fácil ver quando é verdade ou não.

Sede é uma vontadezinha de se afogar um pouco.

Torcicolo é o corpo cansado de olhar pra onde não interessa.

Choro é a prova de que sentimentos são físicos, e condensam como vapor.

Maurilo Andreas
o cara do Pastelzinho



Desperte para Vida

Gosto de beber um café para me despertar pela manhã. E foi com bons olhos que vi o
filme criado pela agência Twofifteen Maccan de São Francisco, EUA, para o Nescafé. Sempre é tempo para despertar para a vida.


Via Fábio Debrot

Errar duas vezes já é...

Foi um auê na imprensa quando a Petrobras, em 2009, tornou pública todas as respostas dadas à imprensa em seu blog corporativo. A tentativa era gerenciar a crise que se instalava uma vez que a empresa era alvo de uma CPI no Congresso.

Dois anos depois, é a vez do Ministério do Trabalho publicar as respostas de emails enviados por jornalistas com questões sobre as acusações contra Carlos Luppi. A justificativa de "levar mais transparência aos questionamentos" não cola. Isso é furar qualquer reportagem, prejudicar qualquer jornalista que queira sair do lugar comum e do "oficialismo", buscando novas abordagens.

Claro que as manifestações de repúdio vieram de todos os lados. Assim como em 2009. Em comunicação, não há nada pior do que repetir estratégia errada... O blog já foi devidamente retirado do ar.

A "nova" onda do suco

O anúncio da compra da fabricante de sucos Evolution Fresh pela Starbucks abre espaço para uma nova perspectiva: transformar o consumo de sucos em uma experiência diferenciada de compra - assim como a empresa americana já fez com o café.

Qual o segredo de transformar uma comodity em uma experiência pessoal? Li a matéria e já fiquei pensando se o que eles querem fazer já não existe por aqui - claro que em versões mini-micros. Afinal, quem não curtiu uma manhã de domingo ensolarada tomando um suco no Nectar da Serra? Fazer caminhada na Bandeirantes e terminar se refrescando com o suco de abacaxi+gengibre+laranja já não é transformar o suco nosso de cada dia em algo especial?

Vamos ver o que eles inventam - e se "pega" do lado de baixo do Equador.

Coisas que sua avó pode te ensinar sobre mídias sociais

Muito legal o artigo sobre mídias sociais publicado no socialmidiatoday.com. Ele nos ensina que as boas maneiras ensinadas pelos avós podem - e devem - pautar o dia a dia dos relacionamentos sociais também. Vejam alguns dos ensinamentos:

- Cuide das boas maneiras: mesmo sendo um ambiente virtual, é ainda uma interação social: tem regras e padrões. Se você for um idiota aqui, terá poucos amigos.

- Apresente-se direito: a forma como você se apresenta no mundo virtual é tão importante quanto no mundo real. Pense sempre em como será percebido pelos outros.

- Agradeça: as pessoas sempre ficam felizes ao receber um obrigado. Não é difícil transformar um conhecido em um amigo, desde que as interações sejam verdadeiras.

- Tire os cotovelos da mesa: agir respeitosamente com os outros mostra que você os valoriza; e eles o valorizarão de volta. Em mídias sociais tudo gira em torno de valorização.

- Abaixe o som: não faça do mundo virtual um lugar barulhento e ruidoso. Ouça o que quiser em seus espaços, mas quando suas preferências começarem a distrair os outros, eles te deletarão.

- Começe o que terminou: quando você decide fazer parte de uma comunidade, comprometa-se. Se você está lá, esteja disponível para interações.

- Termine seus vegetais: alguns aspectos das mídias digitais não são sexy, mas isso não significa que não sejam importantes para seu crescimento.

- O que aconteceu com as velhas boas maneiras? Às vezes, todos os gadgets não são eficientes como o velho e-mail, um telefonema ou até mesmo o encontro presencial.

- O homem é bom na medida das suas palavras: a moeda da mídia social é a confiança. Se as pessoas não podem confiar em você, você não tem  nenhum valor para elas.

- Pense duas vezes antes de falar: O que você diz não tem volta. Especialmente nas mídias sociais, onde tudo o que se diz pode ser ouvido por qualquer pessoa.

Viu? Nada diferente daquilo que já nos foi ensinado na infância.

Que país é este?


A primeira reação da maioria dos meus colegas do curso de inglês quando mencionava que era brasileiro era soltar um "Wow!". Não era um wow de admiração, mas de "cara, você veio de muito longe" (o curso era em Londres). Sim, além dos estereótipos de país da violência, do futebol e do carnaval, nós somos de uma terra distante e desconhecida. Um lugar que, para se chegar, deve-se sobrevoar muitas e muitas horas o oceano. 

Não somos completamente ignorados: eles sabem que a capital é Brasília, já ouviram falar de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Pelé e de Lula. Um italiano até conhecia o Cruzeiro. "The blue team from São Paulo", ele falou com um sorriso.

Mas somos completamente desconhecidos a ponto de uma iraniana demonstrar, apenas com uma pergunta, que todo o esforço do nosso ex-ministro de Relações Exteriores em se aproximar do Irã foi completamente em vão:  "Por que você está fazendo aula de inglês? Lá na América vocês todos não falam inglês?". A pergunta soou como uma bomba. Pelo menos ela sabia que o Brasil ficava na América. Mas para evitar qualquer equívoco de endereço, expliquei que não éramos parte dos Estados Unidos da América. A América que fala inglês fica ao norte, o Brasil está ao sul, bem longe. 

E as perguntas continuaram:
- Vocês também têm engarrafamento no Brasil?
Infelizmente. 
- Você vive perto de uma floresta?
Não e nunca visitei uma. 
- Não é verdade que, no Brasil, as mulheres são todas mulatas por causa do sol?
É claro que não. 
- Qual é o nome da sua moeda?
Real.
- Me fale um gênio brasileiro que você admira?
Hum..., só me recordo de gênios do esporte. (Lá, Santos Dumont não é considerado o inventor do avião).
- Você não parece ser um brasileiro, e sim um turco, falou novamente a iraniana. Antes de eu poder perguntar para ela como seria um brasileiro, o professor achou melhor mudar o assunto da aula. 

Não sei se, em duas semanas de convivência, meus 11 colegas conseguiram conhecer um pouco mais sobre o Brasil. Mas duas semanas depois, eu descobri - em Istambul - que pelo menos em uma coisa a iraniana estava certa: eu tenho cara de turco.